A Redescoberta da América

O Flamengo partiu na tarde de ontem dando início a sua caminhada rumo ao bicampeonato do torneio mais importante das Américas.

Desde 1981, quando liderado por Zico, um dos maiores times da sua história ergueu a taça de campeão, que os rubro-negros sonham com uma nova conquista da Copa Libertadores. E a caminhada começou no embarque, às 13h, no Aeroporto Internacional Tom Jobim.

A delegação seguiu para Bolívia onde enfrentará o Real Potosí, amanhã, às 21h45m. Após o heróico empate no clássico com o Botafogo, os jogadores fizeram um treino pela manhã, na Gávea. Enquanto os titulares deram apenas voltas no campo, os reservas disputaram um animado rachão. No final, ninguém conseguia esconder a ansiedade pela viagem.

O meia Renato, detentor de um potente chute, mostrou-se bastante preocupado com os efeitos da falta de oxigênio e de jogar a uma altitude de aproximadamente 3.760 metros. Mas ele, que já conhece as dificuldades de jogar na Bolívia, deu algumas dicas aos companheiros. “Já joguei em La Paz e estou consciente de que a maior dificuldade é o tempo de bola e a respiração. Temos que poupar fôlego, correndo na hora certa. Também sei que o chute ganha mais velocidade, e isso é mais uma arma que vamos usar.”

O técnico Ney Franco, sempre com seu estilo mineiro de ser, disse que escalará o time de acordo com informações sobre o adversário. Para ele, a preparação foi muito bem feita e o Flamengo está pronto. “Temos muitas informações deles. O Marcelo Salles (auxiliar) já está lá há uma semana, e vamos montar a equipe de acordo com o que ele passar. Agora é desligar a cabeça da Taça Guanabara e pensarmos na Libertadores. Entendemos que o jogo é difícil, pelo adversário e pela altitude. Mas eu creio que vamos mostrar personalidade, e estamos viajando com a expectativa enorme de fazermos uma boa estréia.