sexta-feira, agosto 17, 2007

SERÁ QUE VAI DAR CALDO???


Empatia é tudo em qualquer relacionamento. Você bate o olho e faz um julgamento imediato - gosta ou não gosta. A identidade se constrói desse exame, não muito racional, puramente por intuição - o que filosoficamente significa um conhecimento claro, direto, imediato e espontâneo da verdade.Assim surgem histórias de amor, grandes amizades, parcerias profissionais de sucesso ou mesmo a escolha de algo chato como um dentista. É desse mesmo modo que nascem os ídolos -não são somente os gols, jogadas espetaculares, a capacidade de se expressar. Empatia - somente isso.Na última quinta, quem esteve no Maraca, quem assistiu pela TV, quem tão-somente viu os melhores momentos, testemunhou muito mais que uma vitória heróica sobre o Fluminense. Muito mais do que três pontos fundamentais para atenuar uma situação crítica na tabela. Muito além da redescoberta do prazer de frequentar um renovado Mário Filho. Testemunhou aquilo que pode ser o nascimento de um novo ídolo.Ao vivo, vi Maximiliano Biancuchi em ação por 10 minutos, não mais do que isso, na desastrosa derrota para o Atlético Paranaense. E mesmo atarracado, ele mostrou uma qualidade: personalidade. Não se escondeu do jogo e partia para cima, num campo em que o Flamengo quase sempre joga como um menino intimidado.No Fla-Flu, Maxi fez muito mais do que marcar um belo gol que valeu nossa necessária vitória. Comemorou junto à torcida, exibindo o Manto com orgulho, sem beijinhos para a câmera, sem bajulações ao técnico, sem exibir camiseta. Como deve ser.Se o baixinho entrará para a nossa galeria de heróis estrangeiros, o tempo há de dizer. A mensagem, porém, é clara. O baixinho soube interpretar o que é jogar no Flamengo. E isso não é pouco.